PLANO DE AULA
1. IDENTIFICAÇÃO
Escola:
Curso: Ensino Médio
Disciplina: Língua Portuguesa/ Literatura
Carga horária: 1h30m
Série: 2º ano
Ano: 2017
Professor (a):
Tema: Literatura Brasileira: Barroco
2.
Objetivo geral
Almeja que os alunos percebam a importância de ter
conhecimentos sobre a escola literária, características do período e principais
autores.
3.
Objetivos específicos
- Reconhecer características, autores e contexto
histórico da escola literária: Barroco para adquirir e desenvolver conhecimentos
sobre literatura e as escolas literárias.
4.
Conteúdo programático
- Contexto Histórico e social do período;
- Características do período literário;
- Principais autores do período;
- Bibliografia de Gregório de Matos Guerra;
- Os três tipos de poesia de Gregório de Matos: lírica –
amorosa, filosófica e religiosa;
- Características das poesias: Lírica – amorosa,
filosófica e religiosa
- Características
Literárias da obra de Gregório de Matos
- Exercícios da Escola Literária.
5.
Metodologia
- Aula expositiva com auxílio de slides;
- Exercícios escritos;
-Leitura e interpretação de poemas da escola literária:
Barroco.
6.
Recursos Didáticos
-
Data – Show;
-
Livros didáticos;
-
Slides.
7.
Avaliação
Levará em conta a participação dos alunos nas discussões
sobre o assunto e também os exercícios realizados em aula, cuja realização
permite que seja observado o entendimento do aluno perante os conteúdos
apresentados.
8.
Bibliografias
Faraco e Moura, Português - Novo Ensino Médio. Atica.
CONTEÚDO: BARROCO NO BRASIL
Século XVII
CONTEXTO HISTÓRICO
O
poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira Pinto, inaugura , em 1601 o Barroco
Literário Brasileiro. O estilo perdura até o ano de 1768, quando se publica o
livro Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costas, que inicia o nosso
Arcadismo.
Acompanhando os ciclos da nossa companhia, o Barroco vicejou primeiro em
Pernambuco e na Bahia, cede da grande riqueza da época, a cana-de-açúcar..................................................................... Foi nesse período que surgiu o primeiro e um dos mais talentosos poetas
Brasileiros: Gregório de Matos Guerra. Além dele, tem importância histórica
Bento Teixeira Pinto e Manuel Botelho de Oliveira. Convém lembrar que o Padre
Vieira não só escreveu grande parte de sua obra no Brasil como também organizou
aqui seus inúmeros escritos.
CARACTERÍSTICAS
1) Conhecimento e expressão da realidade através dos
sentidos.
a) Metáfora:
ex: Se és fogo, como passa brandamente
Se és neve, como queimas com porfia?
b) Antítese:
ex: O prazer com a pena se embraçada;
Porém quando um com outro mais porfia,
O gosto corre, a dor apenas passa.
c) Paradoxo:
ex: Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido.
a) Metáfora:
ex: Se és fogo, como passa brandamente
Se és neve, como queimas com porfia?
b) Antítese:
ex: O prazer com a pena se embraçada;
Porém quando um com outro mais porfia,
O gosto corre, a dor apenas passa.
c) Paradoxo:
ex: Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido.
Ex: Foi ser Lia, sem
ser feia,
que me enlia e me enleia
a liberdade e o juízo..
3) Símbolo que traduzem a efemeridade, a instabilidade das coisas
Ex: Entre essas ondas claras, duvidosa,
Levai ao largo mar,com turva vela,
Triste queixumes, lágrimas queixosas...
4)
Utilização muito frequente de frases interrogativasque me enlia e me enleia
a liberdade e o juízo..
3) Símbolo que traduzem a efemeridade, a instabilidade das coisas
Ex: Entre essas ondas claras, duvidosa,
Levai ao largo mar,com turva vela,
Triste queixumes, lágrimas queixosas...
Ex: Porém, se acaba o sol, por que nascia?
Se tão formosa é a Luz, por que não dura
Como a beleza assim se transfigura
5) Emprego
frequente da ordem inversa
Ex: Salta o coração, bate o peito, mudam-se as cores, chamejam os olhos, desfazem-se os dentes, escuma a boca, morde-se a língua, arde a cólera, ferve o sangue, fumegam os espíritos; os pés, as mãos, os braços, tudo é ira, tudo fogo, tudo veneno.
6) Cultismo e Conceptismo
a) Cultismo
Ex: Se choras por ser duro, isso é ser
brando,Se choras por ser brando, isso é ser duro.
Se choras por ser brando, isso é ser duro. Se choras por ser brando, isso é ser duro.
b) Conceptismo
Ex: Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelhos e luz. Se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos.
7) Temas mais frequentes da literatura Barroca
a) Fugacidade da vida e das coisas;
b) a morte, expressão máxima da efemeridade das coisas;
c) concepção do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas;
d) castigo, como decorrência do pecado;
e) arrependimento;
f) cenas trágicas;
g) erotismo;
h) o sobrenatural;
i) misticismo;
j) apelo á religião;
i) sedução do mundo
Principais autores do Barroco
Os principais
escritores brasileiros desse período foram:
-Bento Teixeira
(1561-1618)
-Gregório de Matos (1633-1696)
-Manuel Botelho de
Oliveira (1636-1711)
Frei Vicente de
Salvador (1564-1636)
-Frei Manuel da Santa
Maria de Itaparica (1704-1768)
Bibliografia do
Autor:
Gregório de Matos
Guerra
Nasceu em Salvador(BA) e morreu em
Recife(PE). Após estudos no Colégio dos Jesuítas, foi para Portugal, onde se diplomou em Direito pela Universidade
de Coimbra. Recebeu o apelido de Boca do Inferno graças á sua obra satírica.
Estabeleceu-se em Lisboa, mas a irreverência de suas sátiras obrigou-o a voltar
ao Brasil. Pelo mesmo motivo, foi degradado para Angola. Retornado ao Brasil,
muito doente, foi proibido de entrar na Bahia e de apresentar seus poemas.
Escreveu poesia lírica, satírica e religiosa. A diversidade e o antagonismo de
sua produção poética já o enquadram no espírito do Barroco.
Escreveu poesia
lírica, satírica e religiosa. Suas poesias satíricas possuem um ótimo material
do ponto de vista sociológico e linguístico (já que o autor usava um vocabulário bem popular).
Nelas o escritor narra episódios da vida popular, cotidiana e política. Através
delas podemos conhecer melhor a sociedade da época (período colonial).
A poesia lírica de
Gregório de Matos também é muito boa e pode ser dividida em:
- Poesia
lírico-amorosa
- Poesia lírico-filosófica
- Poesia lírico-religiosa
- Poesia lírico-filosófica
- Poesia lírico-religiosa
POESIA LÍRICO-AMOROSA
Características
- O amor é retratado
como fonte de prazer e sofrimento
- A mulher é retratada como um anjo e fonte de perdição (pois desperta o desejo carnal)
- A mulher é retratada como um anjo e fonte de perdição (pois desperta o desejo carnal)
TEXTO
Rompe
o Poeta com a Primeira Impaciência Querendo Declarar-se e Temendo Perder Por Ousado
Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, se não em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, se não em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
Vocabulário
Uniformar:
tornar uniforme, com uma só forma
Galharda: elegante
Galharda: elegante
A
lírica amorosa de Gregório
de Matos na época do
Barroco, certamente, marca uma dualidade, que ocorre entre o nosso espírito e o
nosso corpo (ou melhor, a carne). Assim, os seus poemas expressavam a dualidade
entre um e outro, que entravam em conflito no espírito ocasionado, principalmente,
pelos nossos sentimentos de culpa.
O
amor platônico, a obscenidade de um amor essencialmente carnal, o sentimento
contemplativo relacionado à arte de amar sempre chegavam então ao conflito que
ocorria entre o espírito e a carne do indivíduo.
POESIA LÍRICO-RELIGIOSA
Características
- O autor está
dividido entre pecado e virtude (sente culpa por pecar e busca a
salvação)
- O autor vê o pecado como um erro humano, mas também, como a única forma de Deus cometer o ato do perdão.
- O eu-lírico, muitas vezes, se comporta como advogado que faz a própria defesa diante de Deus (para tal, usava, até mesmo, trechos da Bíblia)
- O autor vê o pecado como um erro humano, mas também, como a única forma de Deus cometer o ato do perdão.
- O eu-lírico, muitas vezes, se comporta como advogado que faz a própria defesa diante de Deus (para tal, usava, até mesmo, trechos da Bíblia)
TEXTO
Ao mesmo assunto e na Mesma Ocasião
Ao mesmo assunto e na Mesma Ocasião
Pequei
Senhor: mas não porque hei pecado,
Da vossa Alta Piedade me despido:
Antes, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Da vossa Alta Piedade me despido:
Antes, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se
basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se
uma ovelha perdida, já cobrada,
Glória tal, e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História,
Glória tal, e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História,
Eu
sou, Senhor, ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória
A
lírica religiosa, por sua vez, foi a que mais se destacou no barroco de
Gregório de Matos. Entre as principais inspirações do autor, ou melhor, os
temas explorados, devemos destacar a relação do humano com o pecado, com o amor
dos humanos dedicados a Deus e o próprio arrependimento.
O
autor teve poemas muito marcantes na lírica religiosa, principalmente quando
exaltava a insignificância dos humanos em relação ao nosso Deus, assim como a
busca excessiva por perdão, mesmo quando sabemos que estamos errados,
expressando também a consciência humana de pecador.
Desta
forma, era comum que todos esses conceitos serem expressos juntos em um mesmo
poema, o que muitas vezes causava dúvida e alvoroço, principalmente por parte
dos grandes religiosos da época.
POESIA
LÍRICO-FILOSÓFICA
Características
- Pessimismo
-Angústia diante da vida
-Temas abordando o desconcerto do mundo e a instabilidade dos bens materiais
-Angústia diante da vida
-Temas abordando o desconcerto do mundo e a instabilidade dos bens materiais
TEXTO
Moraliza o Poeta nos Ocidentes do Sol a Inconstância dos Bens do Mundo
Nasce
o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
Vocabulário:
Pena: dor, sofrimento
Pena: dor, sofrimento
A
lírica filosófica, por sua vez, é onde o autor tornava claras todas as suas
dúvidas e questionamentos acerca do mundo. Entre as principais referências
utilizadas, é preciso enfatizar a desordem, a baderna e a loucura do nosso
mundo e também as desilusões, os medos e a confusão do imaginário com a
realidade dos seres humanos.
É
nesse momento que todo o pessimismo, a própria angústia que cerca o mundo e,
consequentemente, a mente de Gregório de Matos, são expressados. As incertezas,
a fugacidade do nosso espaço-tempo e os demais desconcertos e dúvidas acerca do
mundo são consideradas nesse modelo de poesia.
“O
boca do Inferno”
Não
foi à toa que Gregório de Matos ganhou um apelido bem carinhoso: o Boca do
Inferno. Em suas escritas, o autor não deixava de lado os seus pensamentos e as
mais diferenciadas formas
de expressão:
se fosse preciso, utilizaria palavrões e faria críticas intensas, como fez em
grande parte de seus poemas.
Por
conta disso, suas sátiras e poemas contavam com muitas críticas, expressões e
palavrões, principalmente em seus questionamentos filosóficos envolvendo as
desilusões em contradição com a realidade vivida pelo ser humano.
Além
disso, seus poemas também eram marcados por um português extremamente rico, que
por vezes ganhava ainda mais força por meio dos termos tanto africanos quanto
indígenas, utilizados em meio ao nosso português.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DA OBRA DE GREGÓRIO DE MATOS
A poesia de Gregório
de Matos é religiosa e lírica. Absolutamente conforme com a estética do
Barroco, abusa de figuras de linguagem; faz uso do estilo cultista e conceitista, através de jogos de
palavras e raciocínios sutis. As contradições, próprias, talvez, de sua
personalidade instável, são uma constante em seus poemas, oscilando entre o
sagrado e o profano, o sublime e o grotesco, o amor e o pecado, a busca de Deus
e os apelos terrenos. É mais conhecido por sua sátira ferina, azeda e mordaz, usando, às vezes,
palavras de baixo calão, daí seu epíteto Boca do Inferno. Critica todos os
aspectos da sociedade baiana, particularmente o clero e o português. A atitude
nativista que disso resulta é apenas conseqüência da
situação na Colônia brasileira.
EXERCÍCIOS
À mesma D. Ângela
Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, Que me tenta, e não me guarda.
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, Que me tenta, e não me guarda.
(Gregório de Matos)
1- A quem é dedicado o poema?
2- Angélica é um substantivo que admite duas classificações. Quais?
3- A dualidade matéria/espírito aparece no próprio nome da mulher. Explique essa afirmativa.
4- O que pode significar o último verso do poema?
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Antes, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Antes, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
(Gregório de Matos Guerra)
1- Indique o tema de cada um dos fragmentos extraídos de poemas barrocos:
a) Esta razão me obriga a confiar
Que, por mais que pequei, neste conflito,
Espero em vosso amor de me salvar. Gregório de Matos
b) Arrependido estou de coração:
De coração vos busco, daí- me abraços
Abraços, que me rendam vossa luz. Gregório de Matos
2 - A vós correndo vou, Braços sagrados,
nessa cruz sacrossanta descobertos:
que para receber-me estais abertos
e por não castigar-me estais cravados
A vós, Divinos olhos eclipsados
de tanto sangue e lágrima cobertos;
poís para perdoar-me esta´s despertos
e por não condenar-me estais fechados.
(Gregório de Matos)
a. O eu-lírico representa Cristo através dos braços e olhos. Como se chama essa figura de estilo que consiste na apresentação de todo pela parte?
b. Transcreva duas antíteses do texto.
3- A respeito de Gregório de Matos, assinale a alternativa, incorreta:
a) Alguns de seus sonetos sacros e líricos transpõem, com brilho, esquemas de Gôngora e de Quevedo.
b) Alma maligna, caráter rancoroso,relaxado por temperamento e costumes, verte fel em todas as suas sátiras.
c) Na poesia sacra, o homem não busca o perdão de Deus; não existe o sentimento de culpa, ignorando-se a busca do perdão divino.
d) As suas farpas dirigiam-se de preferência contra os fidalgos caramurus.
e) A melhor produção literária do autor é constituída de poesias líricas, em que desenvolve temas constantes da estática barroca, como a transitoriedade da vida e das coisas.
Texto para as questões 04 a 06
À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em continuas tristezas a alegrias,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em continuas tristezas a alegrias,
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto, da pena assim se fia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto, da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria, sinta-se triste.
Começa o Mundo enfim pela ignorância
A firmeza somente na inconstância.
Na formosura não se dê constância,
E na alegria, sinta-se triste.
Começa o Mundo enfim pela ignorância
A firmeza somente na inconstância.
04. No texto predominaram as imagens:
a) olfativas;
b) gustativas;
c) auditivas;
d) táteis;
e) visuais.
b) gustativas;
c) auditivas;
d) táteis;
e) visuais.
05. A ideia central do texto é:
a) a duração efêmera de todas as realidades do mundo;
b) a grandeza de Deus e a pequenez humana;
c) os contrastes da vida;
d) a falsidade das aparências;
e) a duração prolongada do sofrimento.
b) a grandeza de Deus e a pequenez humana;
c) os contrastes da vida;
d) a falsidade das aparências;
e) a duração prolongada do sofrimento.
06. Qual é o elemento barroco mais característico da 1ª estrofe?
a) disposição antitética da frase;
b) cultismo;
c) estrutura bimembre;
d) concepção teocêntrica;
e) estrutura correlativa, disseminativa e recoletiva.
b) cultismo;
c) estrutura bimembre;
d) concepção teocêntrica;
e) estrutura correlativa, disseminativa e recoletiva.
07. (SANTA CASA) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir uma atitude que:
a) descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião;
b) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza;
c) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos;
d) se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus;
e) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura.
b) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza;
c) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos;
d) se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus;
e) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura.
08. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos:
a) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.
b) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas.
c) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as idéias da ilustração francesa.
d) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época.
e) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talento não se restringia ao lirismo amoroso.
09- Assinale o melhor conceito de Barroco.
A – Barroco é um estilo de época que surgiu antes do Classicismo, onde predomina o Cultismo, o Ceptismo, Fusionismo, o Sensoralismo, além de outras características.
B – Barroco é um estilo individual que surgiu após o Classicismo, onde predomina o Cultismo, o Ceptismo, Fusionismo, o Sensoralismo, além de outras características.
C – Barroco é um estilo de época que surgiu após o Classicismo onde predomina muitas características.
D – Barroco é um estilo de época que surgiu após o Classicismo, onde predomina o Cultismo, o Conceptismo, Fusionismo, o Sensorialismo, além de outras características.
10 - O início do Barroco no Brasil se deu com
A – o livro Prosopopéia de Bento Teixeira, escrito em 1.601.
B – o livro Prosopopéia de Gregório de Matos, escrito em 1.601.
C – o livro Suspiros Poéticos de Bento Teixeira, escrito em 1.601.
D – o livro Suspiros Poéticos de Cláudio Manuel da Costa, escrito em 1.768.
11- Em todas as opções abaixo há exemplos do contexto histórico do Barroco. Todos estão relacionados diretamente com a Igreja Católica, exceto
A – Absolutismo
B – Reforma da Igreja e Contra-Reforma
C – Concílio de Trento
D – Companhia de Jesus
A – Barroco é um estilo de época que surgiu antes do Classicismo, onde predomina o Cultismo, o Ceptismo, Fusionismo, o Sensoralismo, além de outras características.
B – Barroco é um estilo individual que surgiu após o Classicismo, onde predomina o Cultismo, o Ceptismo, Fusionismo, o Sensoralismo, além de outras características.
C – Barroco é um estilo de época que surgiu após o Classicismo onde predomina muitas características.
D – Barroco é um estilo de época que surgiu após o Classicismo, onde predomina o Cultismo, o Conceptismo, Fusionismo, o Sensorialismo, além de outras características.
10 - O início do Barroco no Brasil se deu com
A – o livro Prosopopéia de Bento Teixeira, escrito em 1.601.
B – o livro Prosopopéia de Gregório de Matos, escrito em 1.601.
C – o livro Suspiros Poéticos de Bento Teixeira, escrito em 1.601.
D – o livro Suspiros Poéticos de Cláudio Manuel da Costa, escrito em 1.768.
11- Em todas as opções abaixo há exemplos do contexto histórico do Barroco. Todos estão relacionados diretamente com a Igreja Católica, exceto
A – Absolutismo
B – Reforma da Igreja e Contra-Reforma
C – Concílio de Trento
D – Companhia de Jesus
12 - Entre os nomes e características apresentados a seguir, destaque os que podem ser associados ao Barroco:
1. Cultismo e Conceptismo.
2. Oposição entre mundo material e mundo espiritual.
3. Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos.
4. Preocupação com a racionalidade.
5. Gregório de Matos e Basílio da Gama.
6. Gosto por raciocínios complexos, desenvolvidos em parábolas e narrativas bíblicas.
a) 1 – 2 – 3 – 6
b) 1 – 2 – 3 – 5
c) 1 – 3 – 4 – 5
d) 2 – 3 – 4 – 6
e) 2 – 4 – 5 – 6
Exercícios retirados do livro: Faraco e Moura, Português - Novo Ensino Médio. Atica. e
<http://literatura-na-sala-de-aula.blogspot.com.br/2009/04/1-questao-assinale-o-melhor-conceito-de.html>
<http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-literatura/exercicios-sobre-barroco-no-brasil.htm>
<http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/barroco>
Alunos: Andréia Lopes Prianti
Andressa Lopes Prianti
Claudia Nicolau Correa
Marilene Harrisberger PereiraClaudia Nicolau Correa
Richard da Silva Alves
Liane Moura Costa
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