segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Sociolinguística

Linguagem e sociedade estão ligadas entre si de modo inquestionável. Mais do que isso, podemos afirmar que essa relação é a base da constituição do ser humano. A história da humanidade é a história de seres organizados em sociedade e detentores de um sistema de comunicação oral, ou seja, de uma língua. Efetivamente a relação entre linguagem e sociedade não é posta em dúvida por ninguém, e não deveria estar ausente, portanto das reflexões sobre o fenômeno linguístico. Por que se fala, então, em Sociolinguística? Ou melhor, por que existe uma área, dentro da linguística, para tratar, especificamente, das relações entre linguagem e sociedade – a Sociolinguística? A linguagem não seria, essencialmente, um fenômeno da natureza social? As respostas a questões como essas não são tão obvias. Para responde-las, é preciso considerar razoes de natureza histórica, mais precisamente, o contexto social mais amplo em que se situam aqueles que se dedicam a pensar o fenômeno linguístico. Assim, inicialmente, é necessário levar em conta que os estudiosos do fenômeno linguístico, como homens de seu tempo, assumiram posturas teóricas em consonância com o fazer cientifico da tradição cultural em que estavam inseridos. Nesse sentido, as teorias de linguagem, do passado ou atuais, sempre refletem concepções particulares de fenômeno linguístico e compreensões distintas do papel deste na vida social. Mais concretamente, em cada época, as teorias linguísticas definem, a seu modo, a natureza e as características relevantes do fenômeno linguístico. E, evidentemente, a maneira de escreve-lo e analisa-lo.

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