Romantismo
No Brasil, o romantismo foi marcado pela publicação, em
1836, da obra literária de Gonçalves de Magalhães, perdurando até o fim do sec.
XIX e influenciado por movimentos anticolonialista e antilusitano, devido ao
autoritarismo de D. Pedro I, o Romantismo opunha-se ao clássico, valorizava o
egocentrismo, o subjetivismo, a saudade da infância e buscava explorar os
espaços nacionais, desde o campo, a selva, até a cidade, onde surgiram os
seguintes romances:
Romance Indianista: Sendo uma das principais tendências do
Romantismo brasileiro, encontro no nativo brasileiro a mais autentica expressão
de nacionalidade. Escritores como José de Alencar e Gonçalves Dias ganharam
destaque por suas obras indianistas;
Romance Regional: Comprometeu-se a retratar os quatro cantos
do Brasil. Como não havia modelo europeu no qual pudessem espelhar-se, fui
construído um modelo próprio, o que favoreceu nossa autonomia literária. Ganham
destaque José de Alencar e Visconde de Taunay;
Romance Urbano: Por colocar em discussão os problemas do
povo da cidade, retratar a burguesia e seu cotidiano, alcançou popularidade
enorme entre os leitores brasileiros. Destacaram-se José de Alencar e Manuel
Antônio de Almeida.
Revista Brasiliense
Foi uma revista publicava em Paris, em 1836 por jovens
estudantes brasileiros. Nitheroy, Revista
Brasiliense trazia o epígrafo: “Tudo pelo Brasil e para o Brasil”, propunha
explorar as letras, artes e ciências brasilienses. No grupo, destacava-se
Gonçalves de Magalhães, um dos percursores do movimento no Brasil.
José de
Alencar
José de Alencar foi um
romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos
maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira
literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de
folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso.
Nascido no Ceará, próximo de Fortaleza,
foi morar no Rio com 11 anos de idade. O pai, senador, influenciou o jovem com seus
ideais políticos, assim como seu irmão, diplomata. Trabalhou no jornal Diário
do Rio de Janeiro, o qual primeira edição de “O Guarani” foi publicado, e
posteriormente seria publicado em livro.
Obras
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Cinco Minutos, 1856
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A viuvinha, 1857
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O Guarani, 1857
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Lucíola, 1862
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Diva, 1864
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Iracema, 1865
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As minas de prata – 1º vol., 1865
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As minas de prata – 2º vol., 1866
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O gaúcho, 1870
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O troco do Ipê, 1871
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Guerra dos Mascates – 1º vol., 1871
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Til, 1871
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Sonhos d’ouro, 1872
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Alfarrábios, 1873
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Guerra dos Mascates – 2º vol., 1873
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Ubirajara, 1874
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O sertanejo, 1875
§
Senhora, 1875
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Encarnação, 1893
Características
Em suas obras, Alencar demonstra preocupação com a cultura
nacional. Retratando o Brasil em todos os aspectos da prosa romântica. Em
narrativas urbanas, costumava fazer críticas à sociedade da época, como no
livro “Senhora”. Em “Iracema”, “Ubirajara” e “O Guarani”, Alencar torna o índio
um heroi e faz o branco ser o vilão. Temas como exploração de ouro e
colonização são influentes em suas obras regionalistas, os pampas gaúchos e o
sertão do nordeste são retratados, inspirados em memórias de infância.
Herói Romântico
O conceito de herói romântico
nasceu do romantismo e retrata o herói como um rebelde e um iconoclasta escuro.
Muitas qualidades separar esta raça de herói de qualquer outro. Introspecção
O herói romântico possui uma
autoconsciência, uma observação de pensamentos e desejos conscientes.
Introspecção envolve o herói contemplar e examinar seu ego e sua alma.
Contemplando e tornar-se consciente de pensamentos e sentimentos, o herói
começa a compreender a si mesmo, ao mesmo tempo aprender mais sobre a sua finalidade
e natureza.
Alunos:
Ana Carolina Gomes Pereira
Camila Menezes Maia
Marcela dos Santos Almeida
Rodrigo Borges Bento
A obra
O livro O Guarani, de José de Alencar, conta a história do
índio Peri devoto a Cecília, mulher branca e filha de burguês. A história segue
a linearidade dos fatos, e se desenrola no descobrir de um heroi nacional, a
cultura nativa dos índios contrastando com a cultura europeia.
Cecília de Mariz, amada pelos pais, desejada pelos homens
que a cercam, não se apercebe da situação, inclusive conta com sua prima Isabel
que lhe dá conselhos sobre a vida. Por vezes é imprudente e costuma agir
inconsequente quando suas vontades não são prontamente atendidas – Mas a jovem
não é egoísta e se arrepende. Vê em Peri um servo leal que se sacrificaria para
lhe salvar a Vida, e Peri vê sua Senhora como um ser inatingível, digna de
devoção, pura e ingênua, a quem deve sua submissão.
O ex-frei Lorendano é um homem ambicioso, sem caráter, e
está disposto a cometer atitudes baixas em prol de sua satisfação pessoal. Tem
um desejo carnal por Cecília, planeja raptá-la e assassinar seus pais.
Há também presença de Álvaro, apaixonado por Isabel e
guerreiro leal de D. Antônio de Mariz – Pai de Cecília, burguês reverente e
influente, também participou da fundação da cidade do Rio de Janeiro.
A trama se intensifica quando D. Diogo, irmão de Cecília,
mata – por acidente – uma índia aimoré, fazendo com que a tribo busque por
vingança contra os brancos. Peri toma um veneno para que os índios antropófagos
se envenenem comendo sua carne, se sacrificando, mas é convencido por Álvaro
para tomar o antídoto e enfrenta os índios.
A derrota dos portugueses é inevitável, então D. Antônio pede para que Peri converta-se ao cristianismo e fuja com sua filha Cecília, enquanto destrói em explosão a fortaleza, suicidando-se e matando a todos ali presentes. Peri, derrubando uma palmeira com as próprias mãos para usá-la como canoa, faz-nos acreditar que a lenda de Tamandaré se repete.
A derrota dos portugueses é inevitável, então D. Antônio pede para que Peri converta-se ao cristianismo e fuja com sua filha Cecília, enquanto destrói em explosão a fortaleza, suicidando-se e matando a todos ali presentes. Peri, derrubando uma palmeira com as próprias mãos para usá-la como canoa, faz-nos acreditar que a lenda de Tamandaré se repete.
Alunos:
Ana Carolina Gomes Pereira
Camila Menezes Maia
Marcela dos Santos Almeida
Rodrigo Borges Bento
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