terça-feira, 21 de novembro de 2017

O Guarani - José de Alencar

Romantismo
No Brasil, o romantismo foi marcado pela publicação, em 1836, da obra literária de Gonçalves de Magalhães, perdurando até o fim do sec. XIX e influenciado por movimentos anticolonialista e antilusitano, devido ao autoritarismo de D. Pedro I, o Romantismo opunha-se ao clássico, valorizava o egocentrismo, o subjetivismo, a saudade da infância e buscava explorar os espaços nacionais, desde o campo, a selva, até a cidade, onde surgiram os seguintes romances:
Romance Indianista: Sendo uma das principais tendências do Romantismo brasileiro, encontro no nativo brasileiro a mais autentica expressão de nacionalidade. Escritores como José de Alencar e Gonçalves Dias ganharam destaque por suas obras indianistas;
Romance Regional: Comprometeu-se a retratar os quatro cantos do Brasil. Como não havia modelo europeu no qual pudessem espelhar-se, fui construído um modelo próprio, o que favoreceu nossa autonomia literária. Ganham destaque José de Alencar e Visconde de Taunay;
Romance Urbano: Por colocar em discussão os problemas do povo da cidade, retratar a burguesia e seu cotidiano, alcançou popularidade enorme entre os leitores brasileiros. Destacaram-se José de Alencar e Manuel Antônio de Almeida.

Revista Brasiliense
Foi uma revista publicava em Paris, em 1836 por jovens estudantes brasileiros. Nitheroy, Revista Brasiliense trazia o epígrafo: “Tudo pelo Brasil e para o Brasil”, propunha explorar as letras, artes e ciências brasilienses. No grupo, destacava-se Gonçalves de Magalhães, um dos percursores do movimento no Brasil.

José de Alencar
José de Alencar foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso.
Nascido no Ceará, próximo de Fortaleza, foi morar no Rio com 11 anos de idade. O pai, senador, influenciou o jovem com seus ideais políticos, assim como seu irmão, diplomata. Trabalhou no jornal Diário do Rio de Janeiro, o qual primeira edição de “O Guarani” foi publicado, e posteriormente seria publicado em livro.

Obras
§  Cinco Minutos, 1856
§  A viuvinha, 1857
§  O Guarani, 1857
§  Lucíola, 1862
§  Diva, 1864
§  Iracema, 1865
§  As minas de prata – 1º vol., 1865
§  As minas de prata – 2º vol., 1866
§  O gaúcho, 1870
§  O troco do Ipê, 1871
§  Guerra dos Mascates – 1º vol., 1871
§  Til, 1871
§  Sonhos d’ouro, 1872
§  Alfarrábios, 1873
§  Guerra dos Mascates – 2º vol., 1873
§  Ubirajara, 1874
§  O sertanejo, 1875
§  Senhora, 1875
§  Encarnação, 1893

Características

Em suas obras, Alencar demonstra preocupação com a cultura nacional. Retratando o Brasil em todos os aspectos da prosa romântica. Em narrativas urbanas, costumava fazer críticas à sociedade da época, como no livro “Senhora”. Em “Iracema”, “Ubirajara” e “O Guarani”, Alencar torna o índio um heroi e faz o branco ser o vilão. Temas como exploração de ouro e colonização são influentes em suas obras regionalistas, os pampas gaúchos e o sertão do nordeste são retratados, inspirados em memórias de infância.

Herói Romântico
O conceito de herói romântico nasceu do romantismo e retrata o herói como um rebelde e um iconoclasta escuro. Muitas qualidades separar esta raça de herói de qualquer outro. Introspecção
O herói romântico possui uma autoconsciência, uma observação de pensamentos e desejos conscientes. Introspecção envolve o herói contemplar e examinar seu ego e sua alma. Contemplando e tornar-se consciente de pensamentos e sentimentos, o herói começa a compreender a si mesmo, ao mesmo tempo aprender mais sobre a sua finalidade e natureza.

A obra




O livro O Guarani, de José de Alencar, conta a história do índio Peri devoto a Cecília, mulher branca e filha de burguês. A história segue a linearidade dos fatos, e se desenrola no descobrir de um heroi nacional, a cultura nativa dos índios contrastando com a cultura europeia.
Cecília de Mariz, amada pelos pais, desejada pelos homens que a cercam, não se apercebe da situação, inclusive conta com sua prima Isabel que lhe dá conselhos sobre a vida. Por vezes é imprudente e costuma agir inconsequente quando suas vontades não são prontamente atendidas – Mas a jovem não é egoísta e se arrepende. Vê em Peri um servo leal que se sacrificaria para lhe salvar a Vida, e Peri vê sua Senhora como um ser inatingível, digna de devoção, pura e ingênua, a quem deve sua submissão.
O ex-frei Lorendano é um homem ambicioso, sem caráter, e está disposto a cometer atitudes baixas em prol de sua satisfação pessoal. Tem um desejo carnal por Cecília, planeja raptá-la e assassinar seus pais.
Há também presença de Álvaro, apaixonado por Isabel e guerreiro leal de D. Antônio de Mariz – Pai de Cecília, burguês reverente e influente, também participou da fundação da cidade do Rio de Janeiro.
A trama se intensifica quando D. Diogo, irmão de Cecília, mata – por acidente – uma índia aimoré, fazendo com que a tribo busque por vingança contra os brancos. Peri toma um veneno para que os índios antropófagos se envenenem comendo sua carne, se sacrificando, mas é convencido por Álvaro para tomar o antídoto e enfrenta os índios. 
A derrota dos portugueses é inevitável, então D. Antônio pede para que Peri converta-se ao cristianismo e fuja com sua filha Cecília, enquanto destrói em explosão a fortaleza, suicidando-se e matando a todos ali presentes. Peri, derrubando uma palmeira com as próprias mãos para usá-la como canoa, faz-nos acreditar que a lenda de Tamandaré se repete. 

Alunos: 
Ana Carolina Gomes Pereira
Camila Menezes Maia
Marcela dos Santos Almeida
Rodrigo Borges Bento

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