Identificação:
ELIEZER FELIPHE ROCHA
JACQUELINE
SARAH SANTOS MAIA
JULIANA
TAVARES ROCHA
LIANE
MOURA COSTA
Disciplina:
Prática de Ensino em Língua
Inglesa -Poesia
Plano de Aula em
Literatura de Língua Inglesa
Tema:
Literatura
de Língua Inglesa Poesia
Objetivo:
Despertar o interesse pela Literatura de Língua Inglesa Poesia, com o objetivo
de estimular a leitura sobre o tema e gênero proposto, desenvolver perspectivas
do ponto de vista crítico.
Metodologia:
Através da análise de obras literárias e do contexto social da época, tem-se o
intuito de fazer um comparativo com a época atual sobre o que ainda perdura,
como as dificuldades vividas na época pelas mulheres com relação a educação, ao
casamento, ao convívio social, a profissão e sobre o domínio público.
Desenvolvimento:
Trabalhar com obras literárias do modo narrativo com intuito de fazer
questionamentos sobre a obra, discussão sobre as causas e consequências entre o
contexto, relacionar o tema com o contexto atual.
Estratégias/Cronograma:
Estratégias:
Uma das ideias para atrair os jovens a participar deste tipo de projeto é
estimular eles com algum tipo de atração, por exemplo; com vale cinema, vale
desconto em compra de livros, idas em museus, à teatros, ida à bienal do livro
entre outras atividades. Enfatizando sempre que o objetivo do projeto é criar o
senso crítico, opinião própria, desenvolvimento de ideias e conhecimento.
Cronograma: Jovens (Primeiro, segundo e terceiro ano do
ensino médio)
Agenda/Atividades:
Três vezes na semana sendo: segunda-feira das 16h00 às 18h00 Estudo sobre o
autor; nas quarta-feira das 16h00 às 18h00 Estudo sobre a obra (por meio de
filmes, biografias/bibliografias, teatro (encenação) e nas sexta-feira das
16h00 ás 17h00 produção escrita. E organizando duas vezes ao ano, ao menos,
duas visitas a museus que represente dados sobre literatura.
Avaliação:
Por meio das atividades dadas dentro e fora da sala de aula, verificando o
desenvolvimento o pensamento crítico e criativo do aluno para exposição de
ideias, que demonstre seu desempenho escolar, verificação de leitura e produção
de textos elaborados por eles mesmos baseado no gênero abordado pelo projeto,
visando atingir os pontos positivos para melhorias do indivíduo nos pontos
negativos.
Fichamento do texto:
Estética da Diferença e o Ensino das
Literaturas de Língua Inglesa
Cielo Griselda Festinoa
No artigo
A estética da diferença e o ensino das literaturas de língua inglesa o autor
começa falando sobre o dever de discutir o conceito de estética e a sua
relevância para o ensino das literaturas de língua inglesa no momento quando a
disciplina Literatura Inglesa tem sido reformulada como Literaturas de Língua
Inglesa para incluir as narrativas literárias não somente de tradições
literárias canônicas como a inglesa ou a norte-americana, mas também das
culturas que foram colônias inglesas e hoje têm suas próprias tradições
literárias nacionais em língua inglesa. Nesse contexto, o conceito de estética
será considerado em contraponto com o conceito de diferença, tanto a nível
literário quanto a nível cultural.
Logo na
introdução o autor faz uma importante citação mostrando outra perspectiva para
acharmos relevante fazer uma leitura crítica do conceito do literário, como um
conceito definido localmente e, no panorama atual, em contraponto com outras
visões de literatura em outras partes do mundo.
O
conceito de estética evoca o que é universal, único, comum, homogêneo, natural,
desinteressado, idealista, metafísico e o conceito de diferença é tido local,
situado, contingente, múltiplo, heterogêneo, considerado de uma determinada
perspectiva comunitária.
Porem após
contextos históricos importantes como a segunda guerra mundial a estética, entendida como universal, torna-se
suspeita de colaborar para uma ideologia hegemônica e precisa ser reconsiderada
e qualificada em termos da nova relação entre culturas que têm se afirmado nas
últimas décadas com o fluxo constante das margens para o centro, ou seja, das
ex-colônias para as grandes metrópoles europeias e norte-americanas.
Através
do artigo o conceito de estética é entendido como uma prática comunitária e
diretamente relacionada com a cultura em que é experimentada percebemos que
culturas diversas têm diferentes teorias estéticas, propõem metáforas literárias
que têm marcas das culturas em que são desenvolvidas e, por extensão, vão se
relacionar com o que é considerado como uma obra de arte de maneira
diferenciada. Essa visão pluralista dá origem a uma estética da diferença que,
em um nível, torna visível o aspecto não somente estético, mas também social da
literatura e, em outro nível, contribui para a convivência com esse Outro
diferente e a diferença é sempre experimental e inovadora, multiplica-se em
múltiplos contextos e implica o amor das formas diferentes. É isso o que a
estética da diferença tem como objetivo: o amor do Outro por meio da apreciação
de formas diferentes. Assim considerado, o Outro não é um inimigo, mas aquele
cuja cultura marca os limites da nossa e ajuda-nos a refletir sobre a própria
cultura ao mesmo tempo em que contribui para nos liberar dos tabus da nossa
sociedade.
O Literário: um
conceito plural
Leitura
dos poetas românticos ingleses não necessariamente nos ajuda a apreciar outras
manifestações poéticas como um ghazal indiano em língua urdu. Isso se deve a
que cada cultura não só tem suas próprias estratégias retóricas e estilos, mas
também uma maneira diferenciada de entender, conceitos como o amor, o que está
longe de ser uma categoria universal.
Diferentes
culturas entendem a literatura e seu papel na sociedade de maneiras
diferenciadas; por sua vez, ainda dentro de uma cultura, os significados
atribuídos ao termo não são estáveis. Damrosch (2009, p. 13-14) aponta que, na
tradição ocidental que remonta a Platão e
Aristóteles,
a literatura tem sido associada com a imaginação, o que se reflete na palavra
“poesia” que, em grego, significa “fazer”, e na palavra “ficção” do Latim
“facere” que também significa “fazer”. Outro exemplo seriam os objetos de
culturas indígenas que, na sua cultura de origem, têm um valor prático, ou
religioso e, em culturas ocidentais, são tratados como objetos de arte. Ainda
dentro das fronteiras nacionais, seriam objetos ordinários que se tornam
objetos de arte, quando incorporados a um museu ou uma mostra de arte como uma
instalação. Ou seja, o que muda o valor do objeto não é alguma qualidade
intrínseca, mas o contexto cultural que faz com que os objetos sejam
impregnados de um valor social ou de um valor estético (ICKSTADT, 2002, p.
268). Mais um exemplo seria que textos considerados como sagrados por uns, o
caso da Bíblia, são tratados como literatura por outros.
A
Ética da Estética
A modo de
exemplo, a historiografia da disciplina “Literatura Inglesa” mostra que ela foi
primeiramente aplicada na Índia como ferramenta de colonização, porque, por
meio de suas narrativas, repassavam-se para os indianos, tidos como uma cultura
primitiva, os valores da cultura inglesa (VISWA NATHAN, 1989)
Quem não
se encaixar dentro dele é considerado como inferior ou marginalizado (ELLIOTT
2002, p.3-9). Por esses motivos, a estética pode ser explorada para reafirmar
preconceitos nacionais, raciais, de gênero etc. Um exemplo desses fatos é o
famoso livro O cânone ocidental (1994), de Harold Bloom.
O tropo da diferença
As narrativas são simples e reconhecidas pelo seu autor, pela história e
pelo seu título e elas pertencem a uma rede de significações que mudam a
comunidade onde foi escrita.O valor do literário e a distinção entre o literário e não literário não é fixo, mas é cultural e depende da relação do texto e do leitor.
A estrutura de um texto narrativo está ligado com o conceito do tempo, no caso de uma literatura multicultural produzida em língua inglesa em que o professor trabalha com várias tradições literárias em sala de aula , isso implica se familiarizar com diferentes epistemológica e sistemas culturais.
Reflexões
Ensinar as diferenças é ensinar as condições não só literárias, mas
culturais, sociais e políticas. Nesse sentido o texto literário não é um fim,
mas sim uma zona de contato que possibilita desconstruir visões negativas, de
outras comunidades que os alunos trazem para a sala de aula. Essa atitude leva
á autorreflexão sobre a própria comunidade, a diferença adquire um novo valor
que passa de um processo de exclusão para um processo de autoconhecimento e é
nesse processo que a literatura de torna um âmbito de ação social.Uma maneira de negociar a diferença não é somente por via do cânone multicultural, mas pela reformulação do conceito de narrativa e da leitura dos textos literários, não como narrativos universais, ou transcendentais, mas como processos de significação.
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