sábado, 24 de novembro de 2018

Plano de Aula em Literatura de Língua Inglesa



 

Identificação:
ELIEZER FELIPHE ROCHA
JACQUELINE SARAH SANTOS MAIA
JULIANA TAVARES ROCHA
LIANE MOURA COSTA
Disciplina:
Prática de Ensino em Língua Inglesa -Poesia

 

Plano de Aula em Literatura de Língua Inglesa

Tema: Literatura de Língua Inglesa Poesia
Objetivo: Despertar o interesse pela Literatura de Língua Inglesa Poesia, com o objetivo de estimular a leitura sobre o tema e gênero proposto, desenvolver perspectivas do ponto de vista crítico.
Metodologia: Através da análise de obras literárias e do contexto social da época, tem-se o intuito de fazer um comparativo com a época atual sobre o que ainda perdura, como as dificuldades vividas na época pelas mulheres com relação a educação, ao casamento, ao convívio social, a profissão e sobre o domínio público.
Desenvolvimento: Trabalhar com obras literárias do modo narrativo com intuito de fazer questionamentos sobre a obra, discussão sobre as causas e consequências entre o contexto, relacionar o tema com o contexto atual.
Estratégias/Cronograma:
Estratégias: Uma das ideias para atrair os jovens a participar deste tipo de projeto é estimular eles com algum tipo de atração, por exemplo; com vale cinema, vale desconto em compra de livros, idas em museus, à teatros, ida à bienal do livro entre outras atividades. Enfatizando sempre que o objetivo do projeto é criar o senso crítico, opinião própria, desenvolvimento de ideias e conhecimento.
Cronograma:  Jovens (Primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio)
Agenda/Atividades: Três vezes na semana sendo: segunda-feira das 16h00 às 18h00 Estudo sobre o autor; nas quarta-feira das 16h00 às 18h00 Estudo sobre a obra (por meio de filmes, biografias/bibliografias, teatro (encenação) e nas sexta-feira das 16h00 ás 17h00 produção escrita. E organizando duas vezes ao ano, ao menos, duas visitas a museus que represente dados sobre literatura.
Avaliação: Por meio das atividades dadas dentro e fora da sala de aula, verificando o desenvolvimento o pensamento crítico e criativo do aluno para exposição de ideias, que demonstre seu desempenho escolar, verificação de leitura e produção de textos elaborados por eles mesmos baseado no gênero abordado pelo projeto, visando atingir os pontos positivos para melhorias do indivíduo nos pontos negativos.



Fichamento do texto:
 Estética da Diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa
Cielo Griselda Festinoa


No artigo A estética da diferença e o ensino das literaturas de língua inglesa o autor começa falando sobre o dever de discutir o conceito de estética e a sua relevância para o ensino das literaturas de língua inglesa no momento quando a disciplina Literatura Inglesa tem sido reformulada como Literaturas de Língua Inglesa para incluir as narrativas literárias não somente de tradições literárias canônicas como a inglesa ou a norte-americana, mas também das culturas que foram colônias inglesas e hoje têm suas próprias tradições literárias nacionais em língua inglesa. Nesse contexto, o conceito de estética será considerado em contraponto com o conceito de diferença, tanto a nível literário quanto a nível cultural.
Logo na introdução o autor faz uma importante citação mostrando outra perspectiva para acharmos relevante fazer uma leitura crítica do conceito do literário, como um conceito definido localmente e, no panorama atual, em contraponto com outras visões de literatura em outras partes do mundo.
O conceito de estética evoca o que é universal, único, comum, homogêneo, natural, desinteressado, idealista, metafísico e o conceito de diferença é tido local, situado, contingente, múltiplo, heterogêneo, considerado de uma determinada perspectiva comunitária.
Porem após contextos históricos importantes como a segunda guerra mundial a  estética, entendida como universal, torna-se suspeita de colaborar para uma ideologia hegemônica e precisa ser reconsiderada e qualificada em termos da nova relação entre culturas que têm se afirmado nas últimas décadas com o fluxo constante das margens para o centro, ou seja, das ex-colônias para as grandes metrópoles europeias e norte-americanas.
Através do artigo o conceito de estética é entendido como uma prática comunitária e diretamente relacionada com a cultura em que é experimentada percebemos que culturas diversas têm diferentes teorias estéticas, propõem metáforas literárias que têm marcas das culturas em que são desenvolvidas e, por extensão, vão se relacionar com o que é considerado como uma obra de arte de maneira diferenciada. Essa visão pluralista dá origem a uma estética da diferença que, em um nível, torna visível o aspecto não somente estético, mas também social da literatura e, em outro nível, contribui para a convivência com esse Outro diferente e a diferença é sempre experimental e inovadora, multiplica-se em múltiplos contextos e implica o amor das formas diferentes. É isso o que a estética da diferença tem como objetivo: o amor do Outro por meio da apreciação de formas diferentes. Assim considerado, o Outro não é um inimigo, mas aquele cuja cultura marca os limites da nossa e ajuda-nos a refletir sobre a própria cultura ao mesmo tempo em que contribui para nos liberar dos tabus da nossa sociedade.
 

O Literário: um conceito plural

Leitura dos poetas românticos ingleses não necessariamente nos ajuda a apreciar outras manifestações poéticas como um ghazal indiano em língua urdu. Isso se deve a que cada cultura não só tem suas próprias estratégias retóricas e estilos, mas também uma maneira diferenciada de entender, conceitos como o amor, o que está longe de ser uma categoria universal.


Diferentes culturas entendem a literatura e seu papel na sociedade de maneiras diferenciadas; por sua vez, ainda dentro de uma cultura, os significados atribuídos ao termo não são estáveis. Damrosch (2009, p. 13-14) aponta que, na tradição ocidental que remonta a Platão e

Aristóteles, a literatura tem sido associada com a imaginação, o que se reflete na palavra “poesia” que, em grego, significa “fazer”, e na palavra “ficção” do Latim “facere” que também significa “fazer”. Outro exemplo seriam os objetos de culturas indígenas que, na sua cultura de origem, têm um valor prático, ou religioso e, em culturas ocidentais, são tratados como objetos de arte. Ainda dentro das fronteiras nacionais, seriam objetos ordinários que se tornam objetos de arte, quando incorporados a um museu ou uma mostra de arte como uma instalação. Ou seja, o que muda o valor do objeto não é alguma qualidade intrínseca, mas o contexto cultural que faz com que os objetos sejam impregnados de um valor social ou de um valor estético (ICKSTADT, 2002, p. 268). Mais um exemplo seria que textos considerados como sagrados por uns, o caso da Bíblia, são tratados como literatura por outros.

A Ética da Estética
A modo de exemplo, a historiografia da disciplina “Literatura Inglesa” mostra que ela foi primeiramente aplicada na Índia como ferramenta de colonização, porque, por meio de suas narrativas, repassavam-se para os indianos, tidos como uma cultura primitiva, os valores da cultura inglesa (VISWA NATHAN, 1989)
Quem não se encaixar dentro dele é considerado como inferior ou marginalizado (ELLIOTT 2002, p.3-9). Por esses motivos, a estética pode ser explorada para reafirmar preconceitos nacionais, raciais, de gênero etc. Um exemplo desses fatos é o famoso livro O cânone ocidental (1994), de Harold Bloom.

O tropo da diferença
As narrativas são simples e reconhecidas pelo seu autor, pela história e pelo seu título e elas pertencem a uma rede de significações que mudam a comunidade onde foi escrita.
O valor do literário e a distinção entre o literário e não literário não é fixo, mas é cultural e depende da relação do texto e do leitor.
A estrutura de um texto narrativo está ligado com o conceito do tempo, no caso de uma literatura multicultural produzida em língua inglesa em que o professor trabalha com várias tradições literárias em sala de aula , isso implica se familiarizar com diferentes epistemológica e sistemas culturais.


Reflexões
Ensinar as diferenças é ensinar as condições não só literárias, mas culturais, sociais e políticas. Nesse sentido o texto literário não é um fim, mas sim uma zona de contato que possibilita desconstruir visões negativas, de outras comunidades que os alunos trazem para a sala de aula. Essa atitude leva á autorreflexão sobre a própria comunidade, a diferença adquire um novo valor que passa de um processo de exclusão para um processo de autoconhecimento e é nesse processo que a literatura de torna um âmbito de ação social.


Uma maneira de negociar a diferença não é somente por via do cânone multicultural, mas pela reformulação do conceito de narrativa e da leitura dos textos literários, não como narrativos universais, ou transcendentais, mas como processos de significação.



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